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Ataques suicidas a hotéis na Indonésia mataram quatro estrangeiros, diz ministro
Atentados deixaram 8 mortos na capital, Jacarta, na sexta. Número de feridos é de 55, segundo o chanceler indonésio.

O atentado suicida contra dois hotéis de luxo em Jacarta, capital da Indonésia, matou 4 estrangeiros, um indonésio e três pessoas ainda não identificadas, informou neste sábado (18) o chanceler do país.

O governo retificou o número de mortos de 9 para 8. Ficaram feridas 55 pessoas.



Os quatro estrangeiros mortos são dois empresários australianos, um neozelandês e um cingapurense, segundo o ministro Hassan Wirayuda. Eles participavam de um café-seminário no hotel Marriott quando um suicida explodiu uma bomba. Minutos depois, outra bomba explodiu no restaurante do hotel Ritz Carlton, ali perto.

Uma TV local exibiu na sexta (17) um vídeo gravado por uma câmara de segurança e que mostra o momento de um dos ataques. A filmagem mostra o momento em que um homem-bomba entra no Ritz-Carlton e detona os explosivos.

Bambang Hendarso Danuri, chefe da polícia nacional indonésia, disse que outros suspeitos de participação nos ataques estão sendo procurados.



Os hotéis atingidos pelos atentados ficam no distrito financeiro da cidade, e bem próximos um do outro. Uma terceira bomba foi desativada em um quarto do Marriott.

Segundo a polícia, os suicidas podem ter se passado por hóspedes para conseguir burlar o esquema de segurança dos hotéis.



A terceira bomba estava pronta para ser detonada e foi descoberta por agentes da brigada antiterrorista em um quarto do 18º andar, local onde, segundo o ministro para a Segurança da Indonésia, Widodo Adi Sucipto, os supostos autores dos atentados estabeleceram sua central de controle.

As explosões ocorreram com uma diferença de aproximadamente cinco minutos entre uma e outra, segundo moradores da região.


Fontes policiais relataram que os feridos - dentre os quais estão 14 estrangeiros - foram transferidos em automóveis particulares e em ambulâncias para hospitais da região.



O presidente do país, Susilo Bambang Yudhoyono, disse que pretende supervisionar os trabalhos das forças de segurança. Ele considerou as explosões "cruéis e desumanas".



"Esta ação foi cometida por um grupo terrorista. Os responsáveis por este ataque e os que o planejaram serão detidos", afirmou o presidente, durante discurso transmitido pela TV.



Por enquanto, nenhum grupo reivindicou o atentado. Mas ataque semelhante em 7 de agosto de 2003 à filial do Marriott deixou 12 mortos e foi atribuído à Jemaah Islamiya, considerada o braço da al-Qaeda na região.



Os ataques de Jacarta colocam fim a quase quatro anos de paz na Indonésia, a nação de maior população muçulmana do mundo, com cerca de 230 milhões de fiéis, na maioria de caráter moderado.



Marriott
A rede de hotéis americana Marriott disse que espera reabrir o JW Marriott e o Ritz-Carlton de Jacarta "em breve" após os dois atentados.

"Colaboramos muito de perto com as autoridades (indonésias) e esperamos reabrir nossos hotéis em breve", disse a rede Marriott em um comunicado.

Os ataques causaram "importantes danos" aos dois hotéis, afirmou a nota.

"Expressamos nossas sinceras condolências às vítimas", acrescentou o texto da rede, proprietária de mais de 3.200 hotéis.



Manchester United
Por conta das explosões, a delegação do Manchester United, vice-campeão europeu de futebol, cancelou viagem para Jacarta. O clube inglês cumpre turnê na Ásia como parte da preparação para a temporada 2009/2010 e confirmou treinamentos e amistosos na Malásia, na Coreia do Sul e na China.



Repercussão
O presidente dos EUA, Barack Obama, condenou o ataque e ofereceu ajuda à Indonésia.



A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, condenou os atentados, que qualificou de "sem sentido".



O Conselho de Segurança das Nações Unidas se uniu ao secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, para condenar o atentado.

Em declaração comum, os 15 países membros do Conselho "condenam firmemente os atentados" cometidos nesta sexta-feira pela manhã contra dois hotéis de luxo de Jacarta, e expressam sua certeza de que "o governo indonésio saberá levar à justiça os que perpetraram, planejaram, financiaram e apoiaram estes atos hediondos".


A União Europeia condenou unanimemente os "brutais" e "covardes" atentados. A

presidência sueca da UE mostrou, em comunicado, sua repulsa em relação a estes "brutais atos" e expressou sua simpatia e solidariedade às famílias das vítimas "neste momento tão difícil".



Segurança reforçada
Os governos da Malásia e de Cingapura aumentaram a segurança em locais públicos depois dos atentados.

O diretor da polícia malaia, Moussa Hassan, disse que não há razão para alarde, mas que convém tomar precauções.

As autoridades cingapurianas, por sua vez, elevaram o nível de alerta ao mesmo patamar de outubro do ano passado, quando a Indonésia executou três membros do grupo radical Jemaah Islamiya.



(*) Com informações das agências de notícias EFE, France Presse e Reuters





Notícia Postada em 18/07/2009

 
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