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Guerra na favela deixa Brasil ol�mpico constrangido



Duas semanas depois de trazer a Olimp�ada para o Rio, guerra do tr�fico deixa pa�s na embara�osa situa��o de ter que explicar sua viol�ncia para o mundo



A guerra contra o tr�fico, que j� matou mais de 30 pessoas no Rio de Janeiro na �ltima semana, n�o arruinou a imagem do Brasil como sede dos Jogos Ol�mpicos de 2016, mas deixou o pa�s em uma situa��o constrangedora: ter que explicar a viol�ncia nos morros cariocas para o mundo, duas semanas depois da escolha da cidade para receber as competi��es. Especialistas ouvidos pelo R7 e a imprensa internacional assimilaram o discurso das autoridades brasileiras de que a capital fluminense pode sediar uma Olimp�ada, apesar das cenas de barb�rie registradas na �ltima semana. Em visita ao Brasil, o presidente da Assembleia Nacional da Fran�a, Bernard Accoyer, disse acreditar na capacidade do Rio de receber as competi��es, apesar da viol�ncia: - Tenho certeza de que o Brasil far� bem esse evento, como uma na��o esportiva. H� quest�es de seguran�a, como h� em muitas megal�poles no planeta. E o governo brasileiro, com a sua responsabilidade, tenho total confian�a que vai colocar os dispositivos de seguran�a necess�rios. Eu n�o tenho preocupa��es particulares. Estes Jogos ser�o um sucesso. O jornal americano The New York Times lembrou que o Rio n�o foi a primeira cidade a sofrer um epis�dio grave de viol�ncia ap�s ter sido escolhida sede de uma Olimp�ada. Em 2005, um dia ap�s ter ganho o direito de receber os Jogos Ol�mpicos de 2012, a capital inglesa Londres foi alvo de um atentado terrorista que deixou 56 mortos, quase o dobro das v�timas da guerra carioca. A cidade escolhida pelo Comit� Ol�mpico Internacional (COI) usou trunfos como experi�ncia anterior em eventos como a Rio-92 e os Jogos Panamericanos de 2007, o belo cen�rio e o fato de que nenhuma Olimp�ada at� agora foi realizada na �frica do Sul. O bom momento da economia e a popularidade internacional do presidente Luiz In�ciu Lula da Silva, num momento em que o Brasil � visto no exterior como um grande l�der regional e dos pa�ses em desenvolvimento, tamb�m pesaram e muito na vit�ria carioca. O que ningu�m esperava era que, poucos dias ap�s o an�ncio no �ltimo dia 2, haveria o confronto que envolveu cenas espetaculares como a derrubada de um helic�ptero da pol�cia por traficantes do morro dos Macacos, um corpo encontrado em um carrinho de supermercado, tiroteios � luz do dia e uma verdadeira cobertura de guerra pela imprensa estrangeira. Os jornais internacionais deram destaque � guerra carioca. O brit�nico The Independent publicou que os fatos foram um constrangimento para o Brasil e ve�culos como o Independent (Inglaterra) e o El Pa�s (Espanha)tamb�m foram cr�ticos (veja v�deo com a repercuss�o internacional). "O Brasil n�o esconde seus problemas" Muito antes da mais recente guerra nos morros cariocas, a viol�ncia no Rio j� era apontada como um ponto fraco da candidatura brasileira. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, deu repetidas entrevistas a redes estrangeiras como a americana CNN dizendo ter consci�ncia de que a cidade tem um problema de viol�ncia a ser resolvido. O governador fluminense S�rgio Cabral afirmou que quer que esse problema esteja solucionado "antes, durante e depois" de 2016. E presidente Lula, que, apesar de tudo, o Rio merece sediar a Olimp�ada. O professor de rela��es internacionais da Universidade de Barcelona, David Garc�a, concorda: - O Brasil n�o esconde que tem problemas. Os Jogos Ol�mpicos n�o v�o servir como maquiagem. A Espanha tamb�m concorria para ser sede do evento com a candidatura de Madri, mas o pa�s j� abrigou uma Olimp�ada, em 1992, em Barcelona.



Not�cia Postada em 24/10/2009

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