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Brasileiro deixa vida de funcionário público para viajar pelo mundo de barco
'Onde quer que se vá, a pessoa está em casa', conta Wlademir Treis. Ele, a mulher grávida e a filha de dois anos estão atracados em Gibraltar.

Após ter trabalhado por quase 10 anos na Justiça do Trabalho, o brasileiro Wlademir Juliano Treis, de 38 anos, decidiu que queria uma vida diferente. Ele deixou o emprego e passou a viver num lugar em que sempre gostou de estar: um barco.



"Foi um misto de vontade de viajar, de estar em contato com o mar e a natureza, e também porque me dei conta de que, apesar dos anos e da dedicação, não estava me adaptando à vida burocrática de funcionário publico", contou em entrevista.

Formado em ciências jurídicas, ele comprou um barco em 1999 e passou a fazer rotas pelas costas do Brasil e da Europa. Foi viajando pela Sardenha que Wlademir conheceu a alemã Martina, com quem se casou em 2007. Há dois anos, nasceu Johanna, e hoje Martina espera mais um tripulante para a família.



A família já foi para o norte da Sicília, ilhas Eólias, Ilhas Baleares e sul da Espanha. Agora eles estão atracados em Gibraltar, rumo ao Brasil, viajando em um pequeno veleiro de madeira, de desenho e construção tradicional. "Funciona tudo como há 50 ou 100 anos. O barco foi projetado e construído há 30 anos em Nápoles. Como sistema de governo automático, temos um leme de vento que eu mesmo desenhei e construí. Esse sistema permite ao barco seguir sozinho seu rumo por dias e semanas sem o consumo de corrente elétrica das baterias, usando a força do vento. Temos a bordo dois pequenos painéis solares para manter carregadas as baterias de bordo e um pequeno GPS usado para a navegação via satélite."

Sozinho, Wlademir já navegou por mais lugares. "Ilha Bela, Paraty, Ilha Grande, Búzios, Cabo Frio... Depois fiz uma travessia do Atlântico em um grande barco de bandeira italiana, de Santos a Tenerife, 33 dias de navegação. Naveguei muito pelo Mediterrâneo, entre Barcelona, Córsega, Sardenha, Mônaco e até Tunísia."



Quando comprou o barco no Brasil, ele conta que tinha alguma bagagem teórica obtida em livros, mas nenhuma prática. Ele aprendeu a navegar com esse barco de sete metros. "Nunca fiz um curso. Aprendi com os livros, com a prática e com as pessoas que encontrei no caminho quando já estava navegando."



O dia-a-dia da família se divide em trabalho, vigília e descanso. "Trabalhamos duro pra reformar nosso barco e prepará-lo para enfrentar longas navegações. Depois, nossa vida passou a ser organizada basicamente de duas formas completamente diversas: a vida em navegação e a vida em porto ou ancorados."

Em navegação, eles se organizam em turnos de vigília durante a noite, já que alguém precisa ficar alerta pra controlar as velas, a rota e evitar colisões. Durante o dia, a navegação é mais tranquila, feita com atenção, mas sem a rigidez dos turnos. "E nos portos descansamos e nos preparamos para o próximo salto, ou seja, carregamos os tanques de água, diesel, comida. E no meio tempo damos umas voltas e aproveitamos um pouco o mar."



Eles não têm geladeira a bordo, então se alimentam com muitos grãos, pastas, frutas e verduras. Quando estão em alto mar, comem peixes e ovos. "Carne, só quando estamos em porto."



Entre a terra e o mar

Wlademir faz inveja contando da parte boa de sua vida aventureira. "Há a possibilidade de viver mais livremente. E, onde quer que se vá, a pessoa está em casa. Agora mesmo, por exemplo, no momento em que estou escrevendo essas linhas em meu computador, estou sentado na mesa de navegação do meu barco que esta ancorado na baía de Gibraltar. Estou em Gibraltar há alguns dias e estou em casa. Amanhã poderei estar em Marrocos e estarei em casa."

Mas a vida da família não tem só coisas boas. "Não é uma vida fácil, é preciso trabalhar muito no barco, na manutenção e na organização, porque tudo deve sempre funcionar bem. Há também a dificuldade de arrumar trabalho estando cada hora em um lugar."

Agora, o casal está a caminho do Brasil e pensa em ficar em algum lugar tranquilo onde os filhos possam ter contato com outras crianças. "Mas não excluímos a possibilidade de continuar a viagem e de dar a volta ao mundo. Deixamos o barco correr e vamos decidindo no caminho."



Notícia Postada em 09/10/2009

 
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