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Refugiados palestinos querem recomeçar a vida no Brasil
Primeiro grupo chegou na última sexta-feira. Refugiados ficaram quatro meses morando em barracas de lona.


Cento e sete palestinos refugiados receberam asilo no Brasil na semana passada. São homens, mulheres e crianças que desejam recomeçar a vida aqui. Os primeiros 35 chegaram ao país na sexta-feira (21). Depois de desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, dez foram para cidades do interior do Rio Grande do Sul. Os demais foram levados para cidades do interior de São Paulo.



Segundo Luiz Paulo Barreto, presidente do Comitê Nacional para Refugiados, eles vão receber um documento de identidade, como refugiados, um documento de trabalho, uma carteira de trabalho, assim como assistência médica na rede pública de saúde, na rede pública de educação.


A vida no campo

Os refugiados viviam em Bagdá antes da invasão norte-americana e foram levados para um acampamento para refugiados na Jordânia, a 60 km da fronteira com o Iraque. No acampamento, viviam em instalações infestadas de escorpiões e sujeitos às tempestades de areia. A área era cercada e controlada pelo governo, sem o reconhecimento das autoridades jordanianas. O campo chegou a ter 800 pessoas.

Quase um milhão de iraquianos hoje vivem na Jordânia. Mas, com os refugiados palestinos que moravam no Iraque, a situação foi diferente. No campo, eles continuaram sendo refugiados. Sem permissão para viver na Jordânia, os refugiados palestinos estiveram confinados no campo.

Lá eles permaneceram sob proteção da ONU, mas também vigiados pelas patrulhas do deserto jordanianas. Esperavam passar alguns meses; ficaram quatro anos, morando em barracas de lona. Enfrentando temperaturas altíssimas no verão; próximas de zero, nas noites de inverno. Com vento constante e, às vezes, tempestade de areia.



A caminho do Brasil

"Estamos prontos para viver no Brasil", diz Ahmad, com suas crianças já uniformizadas. Ele conta que fugiu do Iraque por ser palestino e muçulmano sunita. Com a queda do regime de Saddan Hussein, os sunitas passaram a ser perseguidos pelos xiitas, maioria no país. Ex-motorista de táxi, Ahmad diz que quer ser útil no Brasil. "Posso dirigir, pintar parede, qualquer coisa". Agradece por estar sendo acolhido. "Vocês estão nos devolvendo a vida", ele diz.

A transferência, em três fases, só vai terminar em meados de outubro. Os solteiros serão os últimos a deixar o campo. Sahid vai ter de esperar um pouco mais para jogar futebol. "Aqui, com tanta pedra, fica difícil", ele brinca.

"Cada família vai receber uma moradia. Uma ajuda de custo de aluguel nos primeiros meses. Uma ajuda para que essas pessoas possam pelo menos comprar uma cesta básica, para que essas pessoas possam sobreviver durante o processo de integração", diz José Sieber Luz, que trabalha para o Alto Comissariado de Refugiados da ONU. A estimativa é de que a ajuda permaneça durante um ano e meio.

O primeiro filho do casal Ahmed e Sija, que se conheceu no campo, será brasileiro. Sija está grávida. E Ahmed sonha em ter mais filhos brasileiros.

Isam Issa lembra o dia exato em que entrou no campo: 20 de maio de 2003, dois dias antes de a fronteira ser fechada. Diz que sempre vai sentir saudade do trabalho na Universidade de Bagdá, onde ensinava agropecuária. Só fugiu depois que três colegas professores foram assassinados.

Sobre o futuro do Iraque, é pessimista. "Nunca mais será um país só. Serão três, separados por etnias e religiões. Sunistão, xiistão e curdistão", ele diz.

Huda tem cidadania iraquiana. Mas como o marido é palestino, a família inteira veio parar no campo. "Claro que sempre vou sentir falta dos amigos, da família", ela diz.



Notícia Postada em 24/09/2007

 
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