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De Belíndia (1974) a Portuguiné (2007)!
Prof. PhD Marcos Crivelaro
O nível de qualidade de vida de uma sociedade é difícil de ser mensurado em sua plenitude. Contudo, pode ser avaliado por meio de indicadores em determinadas áreas consideradas como componentes essenciais para o delineamento do quadro de bem-estar social de uma população. Quando se fala em miséria, costuma-se usar como quantificador a renda mensal per capita, e são considerados abaixo da linha de pobreza aqueles que têm renda menor que US$ 1 por dia. Aproximadamente a metade da população do mundo vive próxima da linha de pobreza, e segundo um informe da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 3 bilhões de pessoas vivem com menos de US$ 2 por dia. A pobreza não está restrita às nações em desenvolvimento: mais de 10% da população nos 20 países mais ricos do mundo vivem com menos da metade do salário mínimo recomendado. As desigualdades econômicas e sociais continuam aumentando em Nova York, a capital financeira do mundo, onde um em cada cinco habitantes é pobre. Segundo os últimos dados do Censo dos Estados Unidos cerca de 700 mil nova-iorquinos estão próximos à linha de pobreza ou abaixo dela.



No Brasil, quase um terço da população (43 milhões de pessoas) está abaixo da linha de pobreza. Esta porcentagem é semelhante à de países como Bolívia, Honduras e Argentina. Na Argentina, 7,3 milhões de pessoas ainda vivem na pobreza e de seus aproximadamente 37 milhões de habitantes, 2,6 milhões estão na indigência. O governo brasileiro tira seus dados, relativos à renda, de três pesquisas do IBGE: Censo, PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar) e POF (Pesquisa de Orçamento Familiar). Mas, se alguém rompe a linha da pobreza porque recebe uma ajuda, em dinheiro, do governo, de US$ 0,25 por dia, é correto que as estatísticas deixem de considerar essa pessoa como sendo pobre? As metodologias de pesquisa, porém, ainda não permitem subtrair da renda das famílias os recursos provenientes de programas sociais. A POF mostrou que a questão do Brasil não é a fome. Erroneamente, Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo no Brasil,para combater a pobreza, fixado com base numa cesta de consumo familiar. O aumento do salário mínimo é um instrumento de custo elevado no combate à pobreza e não atinge as pessoas mais pobres. O caminho para sair da pobreza é a educação e o trabalho. As necessidades urgentes são as reformas estruturais que modifiquem o cidadão e o país, tais como: investir em educação e na infra-estrutura de modo a superar os gargalos que impedem o nosso desenvolvimento.



A existência de dois "Brasis" tem raízes históricas desde quando os portugueses construíram duas administrações na América do Sul: o sul do Brasil (Império do Brasil - brasileiros) e o norte do Brasil (Grão-Pará e Rio Negro - portugueses-americanos). A derrota do Grão-Pará foi, comparativamente, como se o Sul tivesse vencido a Guerra de Secessão nos Estados Unidos e levado a Amazônia a perder 40% dos seus habitantes e todos os focos de prosperidade.



Esses dois Brasis dentro de um só foram ilustrados brilhantemente em 1974 com a "fundação" de um país imaginário pelo economista Edmar Bacha, a "Belíndia", para se referir aos contrastes brasileiros, que tinham áreas tão avançadas como a Bélgica e, ao mesmo tempo, tão atrasadas como a Índia. Em 1975, a Bélgica possuía um IDH de 0,844. Atualmente a Bélgica atinge o significativo valor de 0,945 (melhorou em 12%). E a Índia, que possuía um IDH de 0,407 evoluiu para 0,602 (disparou 52%). O Brasil também evoluiu de um IDH médio de 0,644 para os atuais 0,792 (acréscimo de 23%). A educação foi responsável por 60,78% do aumento do IDH no Brasil entre 1991 e 2000. Já a renda contribuiu apenas com 25,78%. Mas, mesmo com esta evolução apresentada, ainda temos contrastes que precisam ser combatidos. Por exemplo: Alagoas apresenta uma taxa de mortalidade infantil 4 vezes superior à do Rio Grande do Sul. E os atuais IDHs maiores e menores encontrados no Brasil deslizaram para baixo, comparando-se com países também de menores IDHs. O maior IDH do Brasil (São Caetano - SP: 0,9) é equivalente ao de Portugal e um dos menores IDH do Brasil (Guaribas - PI: 0,46) é equivalente ao da Guiné-Bissau. Precisávamos de outro nome. Inauguro, portanto, um novo país imaginário: Portuguiné!

Notícia Postada em 31/08/2007 por: Prof PhD Marcos Crivelaro

 
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