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Sabesp estuda usar tubulação aérea para evitar perdas na rede de água
Informação é de gestor de programa de uso racional da água da companhia. Projeto foi citado como alternativa para combate a vazamentos em SP.
A Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) estuda implantar tubulações aéreas em regiões de grande concentração urbana de São Paulo para facilitar o combate de vazamentos e perdas na rede de distribuição de água tratada. A informação foi divulgada pelo gestor do programa de uso racional da água da empresa, Ricardo Chaim, nesta terça-feira (10), ao comentar as alternativas para a manutenção de canos subterrâneos.

“Na região da Avenida Paulista, por exemplo, a rede é extremamente antiga. Existe a possibilidade de fazer redes aéreas nos grandes centros. É muito mais rápido e prático porque o vazamento está no nosso olho, na superfície”, afirmou Chaim em evento sobre recursos hídricos realizado por uma fabricante de metais sanitários na capital paulista.

Um relatório divulgado pelo Ministério das Cidades apontou que a perda de água nos serviços de abastecimento na região atendida pela Sabesp foi de 32,8% em 2013, último balanço disponível. O percentual é superior ao divulgado pela companhia, que foi de 31,2%., mas a empresa alega que o mecanismo de cálculo nos relatórios é diferente.

Segundo Ricardo Chaim, a Sabesp encontra cerca de 1 mil vazamentos por dia na capital. “O que foi feito foi um estudo de alternativas para remanejamento de rede em grandes centros, e entre as alternativas apresentadas, está a tubulação aérea. O que tem é isso. Isso ainda não avançou muito, mas não sei os motivos”, afirmou.

Risco
Especialistas presentes no mesmo evento defenderam que a medida não é a mais adequada para controle de perdas na distribuição. O diretor-técnico do programa Tratamento de Água, Eduardo Pacheco, explicou que o risco é maior na comparação com a rede subterrânea. “Eu não gosto da ideia, acho que fica muito exposto a acidentes e facilita o tal do gato, com uma perfuração para pegar água”, afirmou.

“Eu nunca ouvi falar de algo assim, mas penso que vai ser uma besteira. Nós estamos querendo aterrar os fios que estão aéreos nos postes, e colocar água para cima ficaria horrível. Eu sou contra”, disse Plínio Tomaz, relator da Câmara Técnica de Macrodrenagem e Enchentes da Região Metropolitana de São Paulo e diretor-presidente da Agência Reguladora de Saneamento Básico de Guarulhos.

Plínio Tomaz sugere a substituição de trechos com falhas na tubulação como medida para evitar perdas.




Notícia Postada em 10/02/2015

 
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