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::: Confira:
"Boa vontade" pode atrapalhar na
normalização da vida de crianças haitianas
Adoção de crianças é o último recurso utilizado para as que ficaram órfãs no Haiti

O grupo de missionários americanos presos neste fim de semana no Haiti por tentar levar 33 crianças sem autorização para os Estados Unidos expõe um dos lados mais duros que se seguem à tragédia provocada pelo terremoto do último dia 12, que causou a morte de ao menos 170 mil pessoas, outras 250 mil ficaram feridas e 800 mil estão sem abrigo. Os danos materiais são da ordem de US$ 4 bilhões (R$ 7,5 bilhões), ou seja, 56% do PIB do Haiti, de acordo com o último balanço publicado pelo Ministério das Relações Exteriores da França na sexta-feira (29).

O tráfico de crianças é uma verdade no mundo todo. Elas são utilizadas em conflitos armados, no tráfico de drogas, prostituição, trabalho escravo, como empregadas domésticas. O Departamento de Estado americano emitiu na última quinta-feira (28) uma nota oficial sobre a questão. Além de se comprometer a combater o tráfico internacional de crianças, o comunicado frisa a importância de também prevenir e identificar as restaveks – palavra que os haitianos usam para falar das crianças que trabalham como empregadas domésticas.

E, há aquelas que não tem um destino tão duro, mas mesmo assim que vai contra as leis. São as crianças encaminhadas para a adoção ilegal, já que as regras internacionais sobre o assunto estão claramente estabelecidas na Convenção de Haia sobre Adoção (1993), que no Brasil é matéria da Secretaria de Direitos Humanos.

Lisa Laumann, vice-presidente associada para proteção da criança Save the Children, disse em entrevista ao R7:

- Há um consenso entre a ONU (Organização das Nações Unidas), o governo do Haiti, quase todas as ONGs que trabalham lá, e os governos estrangeiros que as novas adoções tiveram de ser paralisadas. O que houve foi uma aceleração no processo de crianças que já estavam em fase de adoção.

Laumann explicou que as imagens emocionantes de crianças haitianas que sobreviveram ao terremoto chegando em aeroportos como os de Madri, Paris, Amsterdã ou nos Estados Unidos são as de meninos e meninas que já iam ser adotados.

O interesse em cuidar de crianças em uma situação tão frágil é um sentimento normal, de acordo com Laumann. Até de maneira quase que simbólica, a primeira construção do Haiti pós terremoto foi um orfanato. No Brasil, cerca de 900 e-mails à Embaixada do Haiti perguntavam como adorar uma criança do país, de acordo com a instituição.

E não apenas brasileiros tomaram tal posição, argentinos, franceses, canadenses, americanos estão entre os que manifestaram a vontade de abrigar uma criança haitiana. Mas Laumann também recomenda que futuramente a decisão seja pensada com mais calma:

- É uma situação de muito estresse emocional e compaixão. Temos de pensar que no melhor para a criança, que é ficar no país de onde vem, com sua família. Muitas vezes ela pode não ter mesmo mais os pais, mas pode ter primos, avós, família próxima que viva em outras regiões e queira cuidar dela.

A ONG Children Villages, que dirige há anos alguns orfanatos no Haiti, chamou a atenção para o tempo que estes processos duram. O grupo respondeu o R7 por e-mail e informou que as reunificações muitas vezem ocorrem em um período que vai de seis meses a um ano.

A retirada de crianças do país, mesmo que provisória, durante o período no qual a família é procurada, também é desaconselhada por Laumann:

- Veja bem, a criança já passou pelo trauma do terremoto, do hospital, depois muda de país – e vive outro trauma – mas aí depois tem de voltar. Pode ser pior ainda.

A Children Villages também informou que colocou todo seu efetivo no Haiti para ajudar na identificação e reconhecimento das crianças desacompanhadas.


Notícia Postada em 31/01/2010

 
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