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Jerusalém deve ser cidade aberta, defende livro de judeus e muçulmanos
'Onde o Céu e a Terra se encontram' foi lançado nesta semana nos EUA. Organizador diz que Brasil pode intermediar negociações da região.

O presidente Shimon Peres, de Israel, visitou Brasília na semana passada, e o presidente Mahmoud Abbas, da Autoridade Nacional Palestina, chega nesta quinta-feira (19) ao Brasil.



Enquanto o Brasil tenta se posicionar como mediador à distância do conflito no Oriente Médio, um grupo de pesquisadores judeus, muçulmanos, cristãos ou sem nenhuma ligação religiosa e ideológica se juntou para publicar um livro inédito em seu pluralismo.

A ideia por trás da obra lançada na última segunda-feira (16) nos Estados Unidos é mostrar que Jerusalém, cidade no âmago da disputa no Oriente Médio, deve se tornar uma cidade aberta, internacional, de todos os povos e crenças.

“Jerusalém, especialmente a Cidade Antiga, que é facilmente identificável, tem que se tornar uma cidade internacional e aberta. Muitas pessoas de todas as religiões têm defendido que uma agência internacional passe a administrar a Cidade Antiga, pois ela é importante para todo o mundo e todas as religiões, e não apenas para israelenses e palestinos, judeus e muçulmanos”, disse, em entrevista ao G1, Oleg Grabar, professor de história da região na Universidade Princeton e um dos organizadores de “Where Heaven and Earth Meet: Jerusalem’s Sacred Esplanade” (Onde o Céu e a Terra se encontram: A esplanada sagrada de Jerusalém). Segundo ele, os cristão acabam não se envolvendo tanto na briga, pois o cristianismo não exige a peregrinação à cidade, por mais que a considere um lugar sagrado.

O livro está sendo apresentado internacionalmente como a primeira ocasião em que um grupo de autores israelenses, palestinos e de outras religiões se reuniu em uma única obra. Até agora, tudo o que era publicado tinha o ponto de vista ou de judeus ou de muçulmanos.

É uma obra que trata visualmente da história, da arqueologia e da antropologia da região.

“O objetivo do livro é ir além do debate político, mostrando que a cidade é um monumento da história, um monumento à religião, mas também um local belíssimo fisicamente. Questionamos o ponto de vista religioso, pois discordamos que os desejos e necessidades religiosos possam estar à frente do turismo global. Há 40 anos, quando comecei a estudar sobre Jerusalém, todos estavam interessados em visitar a cidade, e ela se preocupava em receber todas as pessoas do mundo. Isso mudou nas últimas três décadas, e a religião se tornou mais importante”, disse Grabar, por telefone.

Segundo ele, atualmente fica difícil separar política e religião, uma vez que a luta política tomou um formato religioso, que não tinha antes. Nenhuma entidade internacional, explicou, tem autoridade para resolver a disputa pelo local.

Disputa por territórios

A maior parte do livro traz consenso entre pesquisadores de diferentes religiões. Isso segue na história contada ali até o século XX. “Quando chegamos ao século XX, decidimos ter duas seções separadas, com as versões de israelenses e palestinos para o que aconteceu desde 1967, pois não havia como fazê-los concordar. Os dois contam os mesmos eventos, mas com um sabor completamente diferente, versões que não chegam a um acordo”, disse Grabar.

Na última semana, palestinos e israelenses elevaram o tom de suas declarações, deixando o clima no Oriente Médio tenso. Enquanto os muçulmanos da Palestina começam a buscar que a ONU reconheça os territórios como Estado, Israel ameaça anexar parte da Cisjordânia ocupada. O trabalho de mais de cinco anos de preparação do livro sobre Jerusalém passou por vários momentos de escalada na disputa diplomática na região, e o organizador diz que o momento atual é de desânimo.

“Quando começamos a organizar o livro, tínhamos esperança de que houvesse algum acordo e esperávamos que o livro fosse parte deste acordo, mostrando que as pessoas podem viver juntas mesmo sendo diferentes. Agora é muito mais difícil, pois o clima é mais de confronto e chegamos não saber se o livro poderia ser publicado. Espero que o livro ajude as pessoas a pensarem melhor sobre Jerusalém.”

Para ele, o problema é que os líderes dos dois lados envolvidos na questão se preocupam demais com os erros do passado, e não pensam adiante. “Acho que a solução viria com o pensamento no futuro, em 2020, tentando pensar como seria o mundo e como gostaríamos que a região estivesse, e aí passar a trabalhar neste sentido, em vez de continuar brigando pelo passado.”

Grabar disse ver com simpatia o esforço diplomático brasileiro em se envolver nos processos de pacificação entre Israel e Palestina. Para ele, o Brasil pode ajudar como intermediário por não estar diretamente envolvido na disputa, mostrando que a questão é relevante para outros países. “Jerusalém deveria ser uma cidade aberta para todas as religiões. Como chegar a isso é difícil, e requer envolvimento de todo mundo, inclusive do Brasil.”



Notícia Postada em 20/11/2009

 
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