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Uniban volta atrás e desiste de expulsar aluna
Geisy Arruda, que foi hostilizada por estudantes por usar um vestido curto em 22 de outubro, foi expulsa da universidade no final de semana



A Uniban voltou atrás e reverteu a expulsão de Geisy Arruda, aluna que foi hostilizada por estudantes por usar um vestido curto em 22 de outubro.


Em nota divulgada nesta segunda-feira (9), a Uniban informou que "o reitor [Heitor Pinto Filho], de acordo com o artigo 17, inciso nove e 11, de seu Regimento Interno, revoga a decisão do Conselho Universitário (CONSU) proferida no último dia 6 sobre o episódio do dia 22 de outubro, em seu campus em São Bernardo do Campo [Grande São Paulo]. Com isso, o reitor dará melhor encaminhamento à decisão".

O reitor da Uniban deve dar entrevista à imprensa na terça-feira (10) sobre o caso. Nesta segunda-feira (9) a estudante e seus advogados disseram que vão entrar com uma ação na Justiça contra a decisão.

A defesa da estudante afirmou ainda que estuda levar o caso para algum órgão de defesa dos direitos humanos internacional. Para os advogados, a experiência vivida pela aluna é um exemplo de violação contra os direitos da mulher. A estudante disse nesta segunda-feira que quer voltar a estudar e terminar o semestre.

- A minha vontade é terminar o curso e acreditar que ainda há Justiça no Brasil. Isso não pode acontecer com outras mulheres.

Sem comparecer às aulas desde o incidente, Geisy foi expulsa pela Uniban na noite do último sábado (7). De acordo com a universidade, a aluna usou trajes inadequados, indicando “uma postura incompatível com o ambiente da universidade e [que], apesar de alertada, não modificou seu comportamento”.




Também nesta segunda, a Fundação Procon e o Ministério Público Federal informaram que iriam investigar a postura da Uniban sobre a aluna. O MEC (Ministério da Educação) deu dez dias para a instituição dar explicações sobre a medida. A Delegacia da Mulher de São Bernardo do Campo também abriu inquérito para investigar o caso.

A reportagem falou com a defesa da estudante, mas os advogados disseram que ainda não foram informados sobre a decisão da universidade.
Notícia Postada em 10/11/2009

 
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