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Terapia ajuda esquizofrênicos a voltar ao trabalho
Projeto desenvolvido por médicos do HC fortalece a auto-estima dos pacientes e incentiva o seu retorno ao convívio social e ao mercado de trabalho

A novela Caminho das Índias, da TV Globo, que terminou mês passado, trouxe à discussão um dos principais problemas de saúde mental no país e no mundo: a esquizofrenia. Com Tarso, personagem de Bruno Gagliasso, a autora Glória Perez pode mostrar o que é essa doença mental, como ela se manifesta, quais os sintomas e, principalmente, o preconceito da sociedade e da própria família.

Ao final da novela, Tarso, em meio ao seu tratamento em uma clínica especializada, aparece cantando em uma banda e se casando com sua antiga namorada. A vida real pode não ter um final tão feliz assim, pois uma das principais conseqüências da doença, mesmo quando controlada, é o estigma que o paciente sofre para retomar a sua vida social. Mas é possível aproximar a realidade à ficção.

Foi pensando nisso que a psiquiatra Belquiz Avr e uma equipe de doze profissionais do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) criaram o Projeto Rever. O objetivo principal é tornar o paciente capaz de ter autonomia para arrumar emprego e retomar sua vida em sociedade.

Por meio da Terapia Cognitiva Comportamental, os pesquisadores pretendem fortalecer a auto-estima e a confiança dos pacientes, para que eles aprendam a lidar com sua condição e consigam buscar um emprego. Belquiz, coordenadora do projeto, diz que, normalmente, esse tipo de terapia é feito individualmente “mas nesse caso, fazer um trabalho em grupo é mais eficiente, eles podem trocar experiências”.

Um dos grandes problemas dos pacientes é que, mesmo com a doença sob controle, eles próprios se acham incapazes de levar uma vida normal, de trabalhar, de estudar. Para Belquiz, é difícil acabar com esses estigmas.

- Muitos têm medo do preconceito e de terem novas crises se voltarem a ser produtivos. E a própria família, muitas vezes, não ajuda. Acham que precisam protegê-los, caso contrário, terão recaídas. O que é um grande erro.

Para ela, o trabalho, ou até mesmo o estudo, é o primeiro passo para a reinserção na sociedade. “A tendência é os esquizofrênicos se isolarem e muitos não voltam às suas atividades antigas.”

Antes de colocar o projeto em andamento, eles fizeram um teste piloto com 13 pacientes. Desses, sete estão trabalhando ou estudando. O resultado animador fez com que a equipe ampliasse o número de atendimentos. Até o próximo ano, 100 pacientes deverão passar pelo projeto.

Já se inscreveram 40 pessoas: 20 estão terminando o tratamento e outros 20 devem ter alta em fevereiro. A única exigência para participar do grupo é estar, obrigatoriamente, fazendo corretamente o tratamento medicamentoso.

O que causa a esquizofrenia

Sem causas específicas, a esquizofrenia é uma somatória de fatores, como genéticos, alterações químicas no cérebro e sociais, e traz prejuízos cognitivos permanentes aos pacientes.

Apesar de poderem trabalhar, estudar, ter vida social, o paciente terá de se adaptar às sua nova condição, pois eles ficam com a memória e a concentração prejudicadas e sofrem para elaborar pensamentos complexos. Mesmo assim, em 60% dos casos a doença tem boa evolução se controlada com medicamentos e acompanhamento médico.

A esquizofrenia não tem cura, afeta tanto homens quanto mulheres e costuma dar seus primeiros sinais a partir dos 18 anos. É justamente nessa fase que a pessoa está entrando no mercado de trabalho ou começando uma faculdade. Essa interrupção brusca pode ser muito traumática, daí a dificuldade em retomar essas atividades depois da doença.

Belquiz conta que nos Estados Unidos, que já fazem esse tipo de programa terapêutico desde os anos 70, as taxas de recolocação das pessoas com esquizofrenia no mercado de trabalho gira em torno de 25%, “o que é muito pouco”.

Além da dificuldade dos próprios pacientes em acreditar no seu potencial, outro problema apontado pela psiquiatra para esse quadro diz respeito aos benefícios sociais oferecidos aos doentes mentais.

- Esse dinheiro funciona num primeiro momento, depois acaba desestimulando a volta ao mercado de trabalho. Muitos pacientes do HC recusaram participar do projeto para não perder a aposentadoria por invalidez.


Notícia Postada em 12/10/2009

 
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