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Brasil e UE voltam a condenar golpe em Honduras
Na Suécia, Lula pede saída de Micheletti e volta de Zelaya à Presidência


O Brasil e a União Europeia (UE) condenaram nesta terça (6) a "violação da ordem constitucional" em Honduras e pediram a inviolabilidade da embaixada brasileira em Tegucigalpa, que hospeda o presidente deposto Manuel Zelaya. O líder está abrigado na missão brasileira desde que voltou escondido ao país no último dia 21 de setembro, após ter sido derrubado em um golpe de Estado em 28 de junho.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva insistiu em Estocolmo, na Suécia, que a solução para a crise em Honduras passa pela saída do poder de Roberto Micheletti e o retorno do presidente deposto, Manuel Zelaya.

- Para nós a solução em Honduras é fácil: se os que participaram do golpe de Estado deixassem o poder e permitissem o retorno do presidente Zelaya, então seriam celebradas eleições em novembro e teríamos solucionado o problema -, declarou Lula em uma entrevista coletiva ao fim da reunião de cúpula Brasil-União Europeia (UE).

- O único problema de Honduras é que existe um presidente que não deveria estar lá -, completou o presidente, ao lado do primeiro-ministro sueco e presidente semestral da UE, Fredrik Reinfeldt, e do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

Europa quer integridade de Zelaya

O presidente Lula e os líderes da União Europeia fizeram um apelo para que a integridade física de Zelaya, de sua família e de membros do antigo governo seja respeitada. A postura de ambas as partes consta na declaração conjunta da cúpula UE-Brasil.

No documento, as autoridades europeias e brasileiras pedem ainda que todas as partes envolvidas na crise política em Honduras, "em particular o governo de fato", liderado pelo presidente golpista Roberto Micheletti, trabalhem por uma solução rápida.

A pressão internacional aumenta sobre o governo golpista de Honduras. Micheletti admitiu nesta segunda (5) pela primeira vez a possibilidade de restituição do presidente Zelaya e restabeleceu as liberdades civis, que haviam sido revogadas com a volta do presidente deposto ao país.
Notícia Postada em 06/10/2009

 
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