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Motorista passa por um buraco a cada 510 metros das marginais Pinheiros e Tietê
O R7 encontrou mais de 90 buracos ao longo das duas vias que concentram os maiores congestionamentos da capital paulista.


Cratera de cerca de 50 cm prejudica motoristas que passam pela pista expressa da marginal Tietê, no sentido Ayrton Senna, próximo à ponte Anhanguera. R7 encontrou mais de 90 buracos nas duas marginais






O motorista que roda pelas marginais Pinheiros e Tietê encontra um problema na pista, em média, a cada 510 metros. De quase meio em meio quilômetro, ele precisa desviar o carro de um buraco. Como se não bastassem os congestionamentos causados pelos cerca de 1,2 milhão de veículos que circulam diariamente pelas duas vias - estimativa da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) -, o R7 constatou que as marginais têm juntas mais de 90 buracos.

A reportagem percorreu os 22,5 km de extensão da marginal Pinheiros e os 24,5 km da Tietê no último sábado (26). A maior parte dos buracos achados fica nas duas faixas da direita das pistas expressas, nos dois sentidos. Eles têm tamanhos que variam de 10 cm a 50 cm, e até 8 cm de profundidade.

A pior situação é a da marginal Tietê, onde o R7 encontrou 63 buracos. O maior deles fica no sentido Ayrton Senna, embaixo da ponte Anhanguera. Já na marginal Pinheiros, uma sequência de buracos atrapalha o motorista que dirige pela pista expressa, sentido Castello Branco, na altura da rua Angelita Maffei Vita, na zona oeste. Em toda a via, achamos 29 problemas no asfalto.

Para especialistas, chuvas constantes e o grande número de caminhões passando pelas marginais são as causas dos buracos. Liete Bernucci, pesquisadora do Laboratório de Pavimento da Faculdade de Engenharia da USP (Universidade de São Paulo), diz que a cidade não foi construída para suportar veículos pesados.

- Quem destrói asfalto é caminhão e ônibus. Esses veículos não podem estar em vias urbanas. Para se ter uma ideia, um caminhão com 20% de carga além do permitido causa um impacto na pista semelhante ao de dois caminhões.

Sérgio Alcala, supervisor de operação da Superintendência das Usinas de Asfalto da Prefeitura de São Paulo e responsável por coordenar o serviço de tapa-buracos nas marginais, diz que as chuvas fora de época que atingiram a cidade neste ano aumentaram o problema.

- A infiltração da água faz com que o asfalto perca a resistência, causando os buracos.

Alcala diz ainda que a falta de dinheiro para uma reforma mais completa e a impossibilidade de interditar as marginais por um longo tempo prejudica a realização de obras nessas vias.

Notícia Postada em 01/10/2009

 
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