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'Foi a mesma coisa que uma guerra', conta vítima de tornado
Famílias desabrigadas relatam medo da morte durante tornado. Guaraciaba (SC) registrou quatro mortes e 89 feridos.



Agora protegidas do frio e da chuva, as três famílias que aceitaram o abrigo da Prefeitura de Guaraciaba (SC) dizem estar ainda em estado de choque, dois dias depois da tragédia. "Não dá para explicar o que aconteceu. Foi a mesma coisa que uma guerra. Ou você fica parado e morre ou corre o risco e tenta ajudar os outros", contou ao G1 o agricultor Osmar Slurtin, de 59 anos.


Slurtin afirma que foi levado pela ventania."A hora que começou a barulheira, eu abracei meu neto, abracei minha nora e tentei pegar meu irmão, mas não dava. O vento não deixava. Eu rodeava que nem um palhaço. Quando caí, a gente estava tudo fora da casa. Não sei nem como a gente foi parar lá. Tentei voltar para pegar meu irmão, mas o vento empurrava", conta ele.

O agricultor diz que achou que iria morrer. "Eu falei para a minha nora: 'nós estamos perdidos'", afirma. "Eu tenho mais idade, eu conheço tempo feio. Mas nunca vi aquilo. Para mim era certeza que a gente ia morrer tudo."

Sem poder ajudar o irmão, o agricultor correu para a casa de suas duas ex-esposas, que moram perto, para resgatar os filhos. "Demorei meia hora para atravessar a rua, de tanta planta", conta. Depois partiu para as propriedades dos vizinhos.

O irmão de Osmar, Ademir, também foi arrastado pelos ventos para fora da casa e só foi encontrado horas depois, sem a roupa que vestia e machucado. Ainda chorando muito, o agricultor de 53 anos disse ter certeza que não sobreviveria. "Estava tudo escuro e tudo girando. Eu não sabia onde eu estava, só que tudo doía. Era o fim do mundo e eu não conseguia achar ninguém", conta Ademir.

Também no abrigo da prefeitura, a agricultora Izete Marques, de 30 anos, diz que achou que seu filho de quatro anos tinha morrido. "Eu fiquei voando girando e girando e girando dentro de casa e gritando perguntando pelo meu bebê", contou ela.

"Meu marido entrou em casa a hora que o vento começou. Nem conseguiu fechar a porta, o vento já levou tudo e eu fiquei voando. Não conseguia enxergar nada. A hora que eu parei e vi que a casa inteira tinha desmoronado eu pensei 'meu bebê morreu'."

O filho Diego estava com o marido, João Marques, de 31 anos. "A primeira coisa que eu fiz foi agarrar meu filho", conta Marques. Izete diz que o marido salvou a família. "Eu só parei de voar quando ele me atirou contra a parede. A gente ficou lá abraçado até acabar. Parecia que não ia acabar nunca", conta ela.

A parede onde a família se abrigou foi a única parte a casa que permaneceu de pé, segundo João Marques. "Não fosse essa parede, a gente tinha morrido", conta.

Derci Tonezer, de 52 anos, também resgatou toda sua família. Ela diz que só sobreviveu por que se protegeu, com os quatro filhos adultos, no banheiro de alvenaria recém-construído da propriedade. "A gente ficou ali tudo apertado dentro do banheiro esperando passar. Quando saímos parecia filme, não tinha mais nada em volta", afirma.



Notícia Postada em 10/09/2009

 
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