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Incêndios matam 63 e gregos apelam por mais ajuda
Fogo pode ser visto até do espaço. Moradores procuraram refúgio nas margens de rios.


Aldeias gregas cercadas pelo fogo apelaram por ajuda nesta segunda-feira (27), enquanto ventos fortes continuavam a espalhar os incêndios florestais no país que mataram 63 pessoas em três dias.


Moradores procuraram refúgio nas margens de rios, enquanto chamas queimavam casas, fazendas e florestas. Os bombeiros estão combatendo os focos de incêndio e o governo decretou estado de emergência.


"O fogo está na frente da nossa vila. Não foi feito absolutamente nada. Estamos por nossa conta", disse um morador de Frixa, na região do Peloponeso, sul da Grécia, ao canal de televisão Aantenna TV. "Muita gente foi para o rio. Pelo amor de Deus, algo precisa ser feito para que não morra mais gente."



Uma mulher da vila de Porthyo fez outro apelo. "O local está cercado e estamos presos. Por favor, ajudem. Tenho inválidos em casa e não posso removê-los."


Os piores incêndios florestais em uma década na Grécia deixaram um rastro de destruição no país, desde o sul até o norte, arruinando centenas de aldeias. Olímpia, sede dos antigos Jogos Olímpicos, foi salva.


Quatro dias de inferno deixaram milhares de pessoas sem casa e 63 mortos. O número de vítimas pode subir, com pessoas presas em vilas, isoladas pelas chamas, disseram bombeiros.


O governo, que enfrenta eleições em 6 de setembro, ofereceu cerca de 1 milhão de euros em recompensa na busca pelos responsáveis pelos incêndios.




Muitos prefeitos locais acusaram empreiteiros de terem iniciado o fogo para abrir espaço para novas construções no lugar de florestas virgens e agricultura. Até agora, a polícia prendeu dois idosos e duas crianças por suspeita de terem começado o fogo.


No domingo, os bombeiros conseguiram salvar Olímpia, onde nasceram os jogos Olímpicos antigos. Mas o fogo continua castigando as aldeias ao redor e milhares de pessoas fugiram, procurando abrigo em escolas, hotéis e centros de saúde.


Atenas ficou coberta por cinza e as bandeiras foram colocadas a meio mastro em sinal de luto.


A oposição acusou o governo do primeiro-ministro Costas Karamanlis de incompetência e os jornais estamparam manchetes como "Incompetente!", "Vergonha pelo colapso do Estado" e "Dor pelos Mortos e Raiva pela ausência de Estado".


A Grécia pediu ajuda de parceiros da União Européia. Aviões da França, Espanha e Itália estão participando das operações. Bombeiros do Chipre, da França e de Israel foram ajudar seus colegas gregos. Nesta segunda-feira é esperada a chegada de ajuda de mais 10 países.
Notícia Postada em 27/08/2007

 
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